segunda-feira, 11 de março de 2013

Dicas aos marinheiros de primeira viagem




Escolher o modelo, a motorização, a cor e os opcionais. Quem está comprando um carro pela primeira vez tem uma longa lista de itens para pesquisar até achar a melhor opção. Na semana em que é comemorado o Dia do Automóvel, que é no próximo domingo (13).

A escolha e os cuidados

“Muitos clientes que compram o primeiro carro para seus filhos ficam preocupados com a violência no trânsito e a falta de informação sobre a máquina, que não foi feita para ser indestrutível”, afirma Denis Marum, proprietário da oficina Chevy. O engenheiro mecânico, além de empresário, ministra cursos para quem quer sair de casa motorizado. "A ideia do curso é informar as pessoas sobre a manutenção do veículo para não serem enganadas nas oficinas", explica.

O primeiro item a ser considerado para quem quer comprar um carro usado é o manual do proprietário. Esquecido pela maioria dos motoristas no porta-luvas do carro, é onde se encontram informações primordiais para saber o estado do veículo. “Lá estão as datas das revisões obrigatórias e se a quilometragem do carro é correspondente ao que está marcado no hodômetro”. Marum completa, “se não tiver revisão, fuja. Vai gastar muito mais quando precisar parar o carro em uma oficina”. Outro item importante, e muito curioso, é o macaco. “Quase ninguém olha, mas se você prestar atenção, pode conferir se o equipamento esta enferrujado, o que é um indício forte de que o carro passou por uma enchente”. Desconfiar de preços incompatíveis com o mercado é outro ponto que merece atenção redobrada.

Revisar o veículo e manter a manutenção em dia é um dos principais pontos para quem vai adquirir um carro. E muitos procedimentos podem ser feitos pelo próprio dono, como verificação do óleo do motor, da água do sistema de arrefecimento (resfriamento do motor), visual dos pneus e do estepe (bolhas sempre são sinal de perigo), extintor de incêndio, palhetas do limpador de para-brisa e o cinto de segurança. “Parece desnecessário, mas puxar o componente repentinamente e ver se trava com firmeza garante que o equipamento está funcionando normalmente”, completa Denis.

Com o carro em movimento, é possível testar o freio (ruídos significam que algum dos componentes pode estar desgastado) e o balanceamento das rodas: a trepidação do volante exige que as rodas passem por verificação. Dentro do carro, o painel é um componente muito importante para a verificação das peças do carro. Além da pressão do óleo, falta de água e bateria, é lá que você pode saber se os freios estão gastos. Se a luz acender significa que o nível de fluido está baixo. Como o componente funciona sobre pressão, quando as pastilhas estão gastas elas ocupam menos volume e a bomba libera mais óleo para o condutor de pressão, com o objetivo de completar esse “espaço perdido”. Consequentemente, o nível de óleo abaixa.

Denis fala que casos como esse acontecem com frequência: “você vai até um posto e fala que tem uma luz acesa no painel e não sabe o que é. O frentista, muitas vezes pouco informado, oferece fluido de freio e você compra, quando, na verdade, o que precisa ser trocado são as pastilhas do freio”.

Economizando com o combustível

A tarefa não exige grande conhecimento. Um filtro de ar entupido, por exemplo, pode significar que o motor não esteja recebendo a quantidade de ar necessária e, portanto, não está “queimando” o combustível corretamente. “Ao entrar em um posto, verifique sempre se as bombas de etanol contam com decímetro. O equipamento ajuda a fiscalizar a qualidade do combustível que, quando é de má qualidade, no caso do etanol, leva muita água em sua composição atrapalhando o motor durante a queima, e gastando mais”, aconselha Marum.

Substituir a vela do motor na quilometragem certa (a cada 20 mil km rodados) também ajuda o propulsor a queima do combustível alinhada, evitando desperdícios. Outros detalhes também são muito importantes na hora de economizar: pneus com 5 libras abaixo da calibragem recomendada gastam 20% a mais de gasolina, segundo o engenheiro. A maneira de dirigir também é importante neste caso. O acelerador gera energia e o freio dissipa. Procure sempre manter a rotação do motor o mais baixo possível sem que ele trepide.

E a chuva?

Em grandes centros, é comum os motoristas enfrentarem ruas congestionadas quando está chovendo e, consequentemente, enchentes. Tomar cuidado nessa hora é primordial para evitar gastos fora do orçamento. A altura da água nunca pode passar a metade da roda do carro. O dano será menor, mas ele ainda existe. Os rolamentos das rodas contêm graxa que, quando está quente, com o carro em movimento, fica amolecida. A água danifica o composto e o rolamento de uma só vez. “Depois de alguns dias, você vai sentir no bolso o resultado de ter enfrentado uma enchente”. Se o carro morreu, nunca religue o motor com o carro coberto por água. O ideal é levá-lo para um lugar mais alto para tentar dar a partida. Agora que você já conheceu dicas importantes sobre a manutenção preventiva e cuidados com a compra e com o carro, é só procurar o modelo que você mais gosta e cair na estrada.


Fonte: icarros

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